Comunicação "FAIL"

O mundo sempre evoluiu graças à capacidade de comunicação. Antigamente,sabíamos nos comunicar apenas através de gestos e expressões. A principal forma de comunicação é a fala,porém,com a tecnologia avançando a cada dia,fica cada vez mais fácil de se comunicar. O avanço tecnológico, nos proporciona uma colossal rapidez no envio de mensagens e contatos virtuais,embora,afaste-nos do convívio físico e interpessoal.

Algumas pessoas sofrem muito com a falta de comunicação,seja por não serem alfabetizadas,seja por possuírem deficiências fonéticas. Embora sejamos escravos da comunicação,o que mais nos assusta,é a falta dela. A facilidade como nos comunicamos hoje em dia,acaba abreviando as conquistas de milhões de anos atrás. A forma como a fala e a escrita estão mudando,faz com que jovens e idosos já não consigam mais manter um diálogo em que ambos entendam,com clareza,o objetivo da conversa. Estamos nos afastando da comunicação coletiva. Caminhando rumo a um mundo em que cada grupo possui seu dialeto e sua forma de verbalizar.

Muitas vezes a tecnologia não satisfaz a todos. O ser humano é mais que uma simples mensagem de texto ou faces virtuais em uma tela. Nossa forma de comunicação é complexa e reúne expressões que aguçam os cinco sentidos. A falta de comunicação sempre causou colapso na sociedade. A comunicação foi importante também em âmbitos políticos ,como por exemplo,as ditaduras militares que censuravam a mídia e filtravam informações, impossibilitando uma comunicação verdadeira.

Enfim,a forma que estamos lidando com as mudanças de comunicação,estão cada dia mais mistas e particulares .Chegaremos em um ponto em que cada grupo terá sua forma específica de comunicação e,embora,tenhamos uma quantidade enorme de maneiras de nos comunicarmos,será inútil,pois falaremos tudo sem dizer nada.

Eaí? Sim ou Não?

Com certeza,uma palavra pode gerar inúmeras sensações aos nossos ouvidos,mas,sem dúvida,negar algo á alguém é desconfortável,porém,preciso. Somos bajulados desde pequenos por nossas mães que, a todo instante, diziam sim. Encaramos o “não” de uma forma contrária às nossas vontades,embora,na maioria das vezes o “não” é utilizado como forma de negação,às vezes,ele é também uma maneira sutil de dizer sim.

Lidamos todos os dias com o triste fato de que,quase todos nossos desejos são vetados ou prorrogados. Nada,deixa-nos mais feliz,que ouvir um “sim”,porém,o “não” tem seu valor,seja na educação,seja na correção do que é certo ou errado. Existe limite para o uso correto e a ocasião que devemos empregar o não. Devemos ser tolerantes e ter bom senso ao negar algo á alguém,sempre visando, não tornar o ato, abrasivo aos ouvidos alheios.

Negar,não abrange somente situações interpessoais,ocorrem também de maneira coletiva,como por exemplo,o presidente que veta uma lei que fora votada por um grupo de políticos. Em diversos âmbitos,o “não” caracteriza o desanimo para quem o houve,ainda que,para quem o pronuncia,causa uma colossal sensação de poder. Sem dúvida, fomos em alguma época de nossas vidas,dependentes do sim e não de alguém,tanto as negações, quanto as concordâncias,foram alicerces para formar nosso caráter e educação.

Enfim,possivelmente,nunca entenderemos o quão importante esse advérbio de negação é fundamental na harmonia social,política e cultural.Com o passar dos anos,o “não”,vem tornando-se,cada vez mais intolerável. Cabe a nós,impormos os limites do aceitável, e não generalizarmos o “não” como resposta padrão a tudo que nos torna infelizes.

Partícula de Vida

Com certeza,todos nós sabemos identificar um ser vivo. O que muitos não sabem é que nós derivamos de uma minúscula partícula,chamada átomo. Em todos os aspectos da existência de vida, sempre ocorreram mudanças constantes na evolução humana e em tudo que conhecemos. Porém, com o avanço da física nos séculos passados,acabou descobrindo-se que não só os seres vivos eram constituídos de átomos, como também toda matéria existente no universo.

Em aspectos científicos e religiosos, essa descoberta abriu novas lacunas para o entendimento da vida de uma forma mais ampla e subjetiva. Diversos questionamentos foram respondidos,como por exemplo,os fenômenos naturais. De maneira direta,esse avanço proporcionou uma progressão significativa na área da física,oferecendo oportunidades de estudos mais aprofundados na área relativa a criação do universo. Físicos puderam através do LHC (Grande Colisor de Hádrons) recriar uma das teorias da criação do mundo, o Big Bang.

Tantas dúvidas sobre o nascimento da vida,com certeza,instiga a curiosidade de qualquer pessoa. A profissão,“Físico”,ainda não é reconhecida no Brasil,sofrendo um certo ceticismo dos demais colegas do ramo. O mercado de trabalho para profissionais desse segmento vem se mostrando promissor ao longo dos anos,seja na geração de energias renováveis seja na assistência à medicina. Em um ambiente mais reservado,os Físicos colaboram diretamente para a preservação do nosso planeta, ora conscientizando ora descobrindo meios de restaurar o que não pode ser salvo.

Enfim,são diversas as ramificações em que um atuante da física pode seguir,desde estudos relacionados à tecnologia até segmentos que o levam a estudar o universo. Assim como em qualquer outro ofício, a perspectiva de um estudante ou profissional da área é sempre alcançar o êxito, seja ele onde estiver.

Bate e volta.

Com certeza,alguns de nós gostariam de voltar a ser criança,pelo simples fato de resgatar o sentimento deleitoso de desfrutar de uma responsabilidade simples,como guardar os brinquedos e comer a refeição toda. Alguns sentimentos estão diretamente interligados com a época que ocorreram,causando uma saborosa nostalgia. A década de oitenta do séc XXI,é um exemplo característico dessa saudade ás avessas,que nos rasga como refúgio de nossa cruel realidade.

A década de oitenta, foi uma valiosa contribuição para a formação de seres humanos nascidos durante ela. Existia uma certa informalidade nas brincadeiras,se sujar fazia parte da diversão e computador era coisa de pessoas adultas. Foi um período marcado pelos avanços da ciência,onde tudo era novidade como,por exemplo,o computador pessoal. Nessa lacuna da história,os valores morais eram mais que simples politicagem e se estendiam a uma rígida formação de caráter coletivo.

Durante essa fenda histórica que hoje nos causa aflição,percebemos claramente que sempre houve mudanças acontecendo e de que nós estávamos muito ocupados brincando de pião ou jogo da velha,para percebermos. Hoje em dia,notamos que o futebol não é mais um esporte e sim uma indústria de ganância,o contato físico com amigos não é mais tão comum,as máquinas estão substituindo nossos companheiros,e meninas de doze anos não estão mais preocupadas com que roupa vestir suas Barbies.

Enfim, seria uma prepotência de nossa parte querer impedir que cada pessoa desfrute na memória o período em que sentiu que a vida era uma moleza. Nos resta deitarmos a cabeça no travesseiro e de uma maneira angustiante sentir aquele frio na barriga e por alguns breves instantes ansiar pelo tempo em que de certa forma éramos felizes somente por estarmos vivos.

Pintando o sete.

Com certeza,todos nós já vimos em alguma rua ou avenida das grandes cidades,rabiscos e desenhos manchando a beleza de prédios e monumentos culturais,essa prática é conhecida popularmente como pichação. O ato de depredar o patrimônio público como forma de crítica,é no mínimo revoltante para aqueles que acreditam numa verdadeira e civilizada forma de expressão artística para diversas finalidades.

Qualquer forma de arte deve ser valorizada,porém os pichadores se aproveitam do pressuposto que devem ser respeitados como artistas,quando, na verdade, estão cometendo um crime. Muitos adolescentes acabam passando suas angústias e revoltas para as paredes e fachadas,causando uma enorme poluição visual a quem as olha. Existe uma linha tênue entre arte de rua e pichação,e acabamos caindo no conceito dinâmico e polêmico,até aonde podemos classificar a relação entre arte e vandalismo.

Assim como existem pessoas que poluem nossa visão,também existem aqueles cujo objetivo é diversificar a paisagem ao redor com cores e formas deslumbrantes. A arte feita através de uma lata de “spray” pode transcender barreiras e acima de tudo,conceitos. Muitos utilizam a habilidade com as tintas para embelezar o que nos causaria indiferença em nossas rotinas como,por exemplo,a pintura feita pelos irmãos Otávio e Gustavo Pandolfo,no Trensurb em Porto Alegre,retratando os seres e animais da floresta em extinção no Brasil.

Enfim,seja grafite,seja pichação,ambos surgem em uma mesma nascente e o grande divisor de águas é a maneira onde e como são expostos. Não depende do senso crítico ou artístico determinar qual das duas maneiras é a correta,isso cabe ao bom senso de cada pessoa. As formas com que nos expressamos divergem em inúmeros aspectos,porém um deles é não perdermos a noção de sujeira e arte.

Jonathas Lague.

Orgulho dos Pampas

Sem dúvida, ser gaúcho é respirar a cada manhã um orgulho sem limites de nossas tradições. O Rio Grande do Sul se destaca dos demais estados brasileiros não só por suas peculiaridades na gastronomia,vestes e costumes como também na forma de pensar. Sulistas, tem por costume aprender a amar sua terra desde cedo ás vezes causando certa antipatia por parte dos demais conterrâneos desse Brasil imenso.

Os demais estados brasileiros nunca coexistiram em uma harmonia com os pampas,é explícito o amargo gosto da indiferença que nós gaúchos causamos a grande maioria das “estrelas” que compartilham conosco o lábaro estrelado. De certa maneira,nós alimentamos essa apatia com a nossa demasiada satisfação em sermos gaudérios e prendas de berço. Nosso ego é tão estruturado que ousam até mesmo mencionar,como por exemplo, na letra de Teixeirinha (Querência Amada) “Deus é gaúcho”.

Diversas regiões do Brasil, onde de certa forma o desenvolvimento social ainda deixa a desejar,podem ter uma imagem distorcida do povo gaúcho. Existem pensamentos discriminatórios e falsas ideologias sobre alguns fatores que envolvem questões de inúmeros âmbitos seja cultural seja social. Como fator primordial para haver uma boa relação intra regionalista, ambos devemos respeitar o espaço alheio e seus costumes.

Enfim, nós gaúchos não abrimos mão das nossas tradições,de nossos churrascos de sábado,das rodas de chimarrão nos domingos ensolarados. Nossos costumes,vão além do entendimento popular do restante do Brasil. A única alternativa restante para aqueles que difamam nossa gloriosa terra é se contentar com seu precário orgulho regionalista.